01 novembro 2010

FECHANDO UM CICLO: AS ELEIÇÕES

Para fechar este ciclo de resistência política aberto por nosso  caderno, gostaria de dizer algumas coisinhas sobre o encerramento das eleições de ontem. Lulla elegeu sua invenção, resta saber durante quanto tempo criatura e criador encarnarão a mesma persona política. De uma coisa eu sei, nessa história, por mais que tenha sido pisoteada, a democracia saiu fortalecida, mormente porque os brasileiros deram uma resposta inquestionável ao lullismo: 43. 95% votaram em Serra e  4.40% anularam os votos, de onde se conclui que   48. 35% dos eleitores disseram um NÃO bem grande ao petismo. Mesmo o petismo tendo usado o peso da máquina pública e midiática para se impor, a sociedade respondeu e garantiu um equilíbrio de forças saudável ao ambiente republicano.
Tal resultado teve reflexos já no primeiro discurso de Dilma, a candidata vencedora, e também no do adversário José Serra. Dilma tratou logo de se prontificar a estender as mãos aos adversários, pregar a união, reafirmar a defesa da liberdade de expressão e da democracia, coisas que o petismo despreza, mas sempre nega enquanto pratica o desprezo. Serra tentou se levantar como o lider desses milhões de insatisfeitos com as práticas do petismo no poder. Disse que a luta estava apenas começando! Falou como um lider de oposição deveria falar e não se esqueceu de bradar o velho bordão de militância que não se deixa abater pela derrota: "a luta continua".
Cada um, como se viu, fez a leitura dos números da eleição conveniente a seu grupo. Para Dilma a coisa é mais desconfortável. As urnas transformaram em pó os mitológicos 80% de aprovação de Lulla. Lulla pode até ter essa simpatia popular, mas as práticas do petismo e do lullismo  no poder foram reprovadas pela metade dos brasileiros. No período de bonança econômica por que passa o Brasil, o candidato do governo sofrer o aperto que sofreu para se eleger é sinal da repugnância que a prática petista tem causado ao povo: eles passaram de paladinos da ética a aliados e protetores de corruptos; de arautos da moral a velhacos vendilhões da coisa pública. É isso! 
O equilíbrio de forças evidenciado pelas urnas promete acaloradas disputas e uma sadia peleja política. Isso se de fato tivermos oposição a partir de agora. Quem ganha mesmo com esse quadro? As instituições democráticas, os brasileiros!  Há braços!

Um comentário:

Fábio Rosa disse...

Conterrâneo, peço seu auxílio na divulgação do Prêmio Gilberto Gomes de Educação Ambiental. O objetivo desse prêmio é promover a pesquisa no Colégio do Poço. Gilberto foi um dos professores que marcaram o início do Escola. Os estudantes deverão redigir uma redação e declarar a realização uma ação ambiental (plantio de mudas, conscientização, etc). Serão premiados 1°, 2° e 3° lugares. Estamos também planejando realizar uma festa na praça de Poço, no dia 25/12/2010. Esperamos que movimentos semelhantes surjam nos outros povoados. Obrigado.