26 junho 2009

DE MICHAEL JACKSON A JOSÉ SARNEY

Michael Jackson morreu. Michael tinha um monte de defeitos pendurados em uma grande virtude: ele era um artista que emocionava e dava alegria a milhões de pessoas, com sua música e seus passes de bailarino. Jackson exorcisou muitos demônios interiores com a força positiva do que mais sabia fazer... Não só os seus... Mas o bailarino poeta se foi solitário e endividado, esgueirando a penumbra existencial.

Já Sarney é imortal, ele com seus "Marimbondos de Fogo". Um escritor... Uma qualidade, nem sempre qualificada, nesse caso particular, um ponto positivo pendurado minusculamente em uma penca infinita de defeitos. O presidente do Senado, o político com seu modus operandi. Infelizmente! Semeia vergonha e tristeza e pobreza e mau exemplo e cinismo. Naturaliza... Populariza o pior.

O mundo perde o bom de Michael Jackson infinitamente grande e saudável, perto dos seus lamentáveis defeitos. O Brasil não consegue se livrar de Sarney, infinitamente nefasto perto do insignificante ofício de escritor que o tornou imortal. Há braços!

20 junho 2009

LULA DEFENDE O CRIME!

Há alguns dias, o presidente Lula fez uma defesa escandalosa de José Sarney. Sarney é envolvido desde sempre em pilantragens políticas, muitas delas denunciadas pelo PT de Lula quando o partido da estrela vermelha inventou aquela balela politiqueira da "ética na política". Mas isso foi antes de a máscara despencar com o mensalão.
O discurso sarneyista do atual presidente se deve, no momento, às denúncias que estouraram no Senado contra o velho cacique do Maranhão. Na verdade, veio à tona uma prática antiga de nepotismo. Sarney estava com uma penca de parentes pendurados em cargos da casa legislativa que preside. Isso, embora indecente, já nem causa mais espanto. Mas absurdo e descarado é o Presidente da República dizer que "Sarney não é um homem comum. Isso é denuncismo e não vai dar em nada". Com essa fala, Lula referenda o que o PT sempre criticou (agora se sabe que era por conveniência). Lula falou como o seu Zé lá do botequim da esquina: "justiça é só pra gente comum, meu filho... É só pra povão". Só que Lula não é o seu Zé lá do botequim da esquina e quando se esquece ( de propósito) de que é presidente e manda às favas a justiça, a lei igual para todos, ele institui o mesmo, o de sempre. Ele, como presidente, ajuda a destruir a democracia, o estado de direito etc.
Agindo assim, Lula nada mais faz do que assumir a posição de nova, porém vetusta, elite do poder. E Marx, que tanto criticou as elites, mais a frente defendidas pelo velho Pareto, agora se remexe no túmulo (será que se remexe?) ao sabor do samba do crioulo doido que os "marxistas" da esquerda brasileira estão aprontando. Se bem que Marx era um cabra cujos escrúpulos não diferiam muito dos de Delúbio Soares, Zé Dirceu e Genoíno. Há braços!