30 abril 2010

VOU FAZER O QUE PRESTE!

O trabalho, essa obsessão 
floreio, teatro da libertação.
Trabalho enfim só dignifica o patrão!
Sai fora! Corta essa, meu irmão!
Trabalho não passa de escravidão.
Vamos comemorar o quê?
O imposto sindical roubado do conta-cheque?
A perseguição incansável  ao CPF?
O relógio de ponto, a cara cínica do chefe?
 A jornada interminável,  a manchete: 
a preço de tudo subiu, a história se repete!
Os trocados mensais, a miséria, o esquete.
Quem pediu pra nascer, 
veja com quem se mete!
Quem pediu pra morrer, por favor desinfete!
Eu não vou trabalhar, vou fazer o que preste:
Dar vazão a meu ser, seja doce ou agreste.
Não vou me ofender 
com quem não reconhece.
Vou botar pra fuder,
eu sou cabra da peste! 
(Cosme Bafão, mandando o dia do trabalhador ir à merda)



28 abril 2010

CIDADANIA: CAMINHO PARA A HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA


Na qualidade de cidadã, embora vítima, não escrevo em causa própria. Perdemos Isabela (minha sobrinha) no Hospital Regional de Irecê na Bahia. Estive dentro e nas imediações daquele hospital no período de 02 a 06/01/2010, acompanhando, observando e tentando entender o que evolvia seu nascimento e morte – fatos ainda não esclarecidos - ao contrário, mais obscurecidos com o advento da revelação da causa morte: insuficiência respiratória. Diante das circunstâncias que levaram a tal causa - uma estúpida indução de um parto natural, depois de ultrapassado o momento recomendável - intriga muito saber o porquê de tal procedimento.
Sabe-se que dentro da lógica de mercado não é prioridade do governo o financiamento de partos cesarianas. A ordem agora é voltar às origens, ou seja, ter filhos por parto normal. Mas onde estão as campanhas públicas sobre os riscos e os custos do parto cesariana e sobre os benefícios e a preparação para o parto normal? E quem, dentre as mulheres de hoje, pode ter filhos por parto normal? Por acaso antecedeu a essa política de Estado ampla divulgação de estudos que a justifiquem?
Fato é que nesses cinco dias de observação e angústia, foram-me reveladas tantas outras Isabelas, igualmente vítimas do mesmo sistema. E que sistema! Que sistema é esse que coloca em evidência, de maneira uniformizada, aspectos tão negativos que desumanizam o atendimento? Aspectos que se apresentam como regra e são revelados da portaria a UTI e um hospital, com sarcasmo e preconceitos - de gênero, de condição social - transmitindo o entendimento de que se não pode criar para quê procriar?
Oh! Maria, não preparou os bicos das mamas e reclama de dor, argumentava a profissional de saúde. Prometeu nunca mais engravidar, mas hoje está aqui e ano que vem estará novamente. E daí se estiver? O que um agente público em missão de atendimento tem a ver com isso? Tem de se preocupar com um atendimento bom, humanitário e não em fazer, diante da dor alheia, discurso preconceituoso de controle de natalidade. Nessa enxurrada de maus tratos e desrespeito à maternidade e aos bebês, a cidadania vai sendo despedaçada. Parece que mulheres gestantes só são cidadãs, para o Hospital de Irecê, da portaria para fora, com seus impostos e taxas públicas a pagar. Dentro daquele espaço vão sendo diminuídas e atiradas abaixo da escala animal.

É reconhecido no meio científico que a academia zelou mais pela especialização, preocupando-se menos com a humanização. Por esse motivo nos deparamos com profissionais tão capacitados para a banalização da morte, esquecendo-se de que pessoas não são meros objetos de estudo, profissionais de saúde não devem ser comerciantes e saúde não é sabão em pó.  Estudo do Ministério da Saúde também revela a dificuldade do Ministério em controlar dados sobre mortes (tanto das mães quanto dos bebês) por erros médicos ocorridos durante os partos. De acordo com esses estudos, a dificuldade é devida principalmente à camuflagem das causas das mortes nos prontuários médicos, o que inviabiliza a intervenção do Estado assim como o controle social por parte das famílias.  
A lógica perversa da banalização da morte e da desumanização de profissionais de saúde nesse hospital é tão gritante, ao mesmo tempo tão tolerada pela sociedade e tão pouco pautada pelas autoridades locais que, no mesmo período, enquanto pessoas sofriam perdas e maus tratos, veiculava na mídia propaganda eleitoreira sobre as obras de reforma do dito hospital e da instalação da nova UTI. Mas será que uma UTI de qualidade salva vidas sem profissional competente e comprometido com a causa da saúde? A sociedade local deve ficar atenta, pois reformaram as paredes daquele hospital, mas esqueceram de reformar os homens que ali atuam.
Florentina Oliveira Machado

27 abril 2010

A MENTIRA COMO MÉTODO

A gente vinha há algum tempo se referindo à candidata petista ao Planalto como Dilma Rousseff Stalin. A brincadeira desde o início teve seu fundo de verdade. Era uma forma de se referir à prática de certa cúpula da petezada, que denuncia um gosto particular por ações de fundo totalitário, coisa bem próxima à biografia da"mãe do PAC" (Plano de Aceleração da Candidatura). Esta semana, a semelhança de Rousseff com Josef saltou do trocadilho para o blog da ex-ministra de Lulla. No blog da candidata, ao lado de um link intitulado "Minha vida" há uma sequência de fotos (confira acima) como a indicar a progressão da vida de Dilma: ela criança, ela jovem militante e Dilma já na condição atual de candidata. Juntando-se o título do link "Minha vida" com a sequência de fotos quem dirá que as fotos não se referem de fato a uma trajetória: criança, jovem e madura? Qualquer um diria, isso é certo. Mas onde entra o espírito de porco stalinista nessa história? Exatamente no ajuntado de fotos. A pessoa na foto central da sequência, sob faixas de protesto dos ano de 1960 não é Dilma, é a atriz Norma Bengell. Bengell, aliás, participava de eventos organizados pela esquerda desde o final dos anos de 1950, quando ficou famosa como atriz ousada e além do tempo. Abaixo, segue a foto da "Passeata dos Cem Mil", em 1968, que foi recortada e violada pelos petistas, onde aparece Norma Bengell entre as atrizes Odette Lara e Ruth Escobar.
 A gente já disse aqui que Dilma tem um compromisso com o fim da história. Usa acintosamente a mentira e a distorção de fatos históricos como método. Na verdade, sua equipe esperava que passasse despercebida a imagem de Norma Bengell na "Passeata dos Cem Mil" como se fosse Dilma, assim como outro dia Dilma esperava que ninguém se desse conta de que as informações outrora registradas no currículo dela  de que tinha mestrado e doutorado fossem falsas. Como de fato eram, tanto que foram excluídas depois de descoberta a farsa. Com respeito aos títulos falsos a gente já escreveu aqui e desmentiu a resposta de que fora um erro de digitação, porém com respeito ao apagamento de Norma Bengell da história, para por Dilma no lugar, a equipe da candidata petista se superou afirmando em nota que a interpretação dos leitores é que está errada. Diz a nota: "O blog Dilmanaweb lamenta profundamente a interpretação equivocada da foto que traz a atriz Norma Bengell participando de uma passeata contra a ditadura". De fato, para  quem acha que a morte do ativista cubano Orlando Tamayo foi culpa do próprio Orlando Tamayo como afirmou   o deus Lulla, criador de Dilma, realmente é o leitor que tem má-fé, não quem tentou burlar a história para  enaltecer o currículo de uma candidata.
   Stalin é mentor espiritual dessas práticas, ele era mestre em destruir a história: manipulava relatos de acontecimentos, adulterava fotos e o diabo a quatro, a fim de neutralizar seus inimigos e se perpetuar no poder. Stalin era totalitário, mais obcecado pelo poder do que o personagem Smigol, do Senhor dos Aneis. Dilma, melhor, a petezada, a exemplo de Josef Stalin, não quer largar também o "precioso". Então, parodiando Pessoa, eles abraçam o lema: "tudo vale a pena, se a GANA não é pequena"! Haja estômago! Há braços!

25 abril 2010

A CIDADANIA E A REINVENÇÃO DA EMANCIPAÇÃO SOCIAL


Existem várias concepções de controle social: a do cidadão sobre o cidadão; a do Estado sobre o cidadão; a do setor privado (mídia) sobre o cidadão e sobre o Estado e do cidadão sobre o Estado. É sobre essa última e numa perspectiva de Estado constituído por sociedade política e sociedade civil que me debruço agora.
Comentei no texto CIDADANIA: estratégia para a construção da democracia, publicado neste caderno, que a discussão do Controle Social na sociedade brasileira, a partir da década de 80, ganhou uma nova dimensão envolvendo a relação entre o Estado e a sociedade civil, na perspectiva de um novo modelo de Estado.
Essa nova dimensão inaugura a regulação, pelo Estado, da participação da sociedade civil no controle social das políticas públicas, o que, em princípio, seria fruto de conquista, resultado da organização da sociedade civil em defesa de direitos. Podemos citar o exemplo da área de saúde que é a pioneira na adoção do modelo e que foi impulsionada pela efervescência política que a envolveu desde o final da década de 70 (movimento pela reforma sanitária), quando movimentos sociais, intelectuais e partidos políticos de esquerda se engajaram na luta contra a ditadura e por um novo sistema nacional de saúde pública universal, participativo e descentralizado, o que resultou na conquista do Sistema Único de Saúde – SUS, engendrado na Constituição Federal de 1988. O controle social desse modelo de saúde pública congrega aproximadamente 5.537 Conselhos de Saúde e um total de 87.212 conselheiros, considerados os novos sujeitos políticos do SUS.
Sendo o SUS descentralizado, sua execução está na localidade onde vivem seus beneficiários, portanto é mais fácil de ser controlada pela cidadania; se é universal, atende a todos os brasileiros; ou, em princípio, todo cidadão tem direito de ser atendido; se é participativo, a sociedade civil, num total de 87.212 cidadãos, participa das decisões. Pergunta-se então por que a saúde pública no Brasil não é exemplar?
A cidadania moderna, regulada, passa a ser mecanismo de sustentação ideológica do modelo de democracia não emancipatória, necessário ao capitalismo liberal. Assim, volto a afirmar, a cidadania não seria dádiva dos Deuses, muito menos dos homens, e apesar de ser conquista histórica, resultado de luta popular, ela pode ser manipulada para atender a interesses alheios ao respeito às diferenças e à igualdade de direitos, porque ela é uma relação sempre em construção e seu êxito ou fracasso está diretamente relacionado ao grau de participação da sociedade civil. Por isso devemos usá-la estrategicamente para reinvenção da emancipação social?
Florentina Oliveira Machado

23 abril 2010

BOCA DO INFERNO-53: O PATRÃO COMO PADRÃO

Esta semana, parte  do horário nobre foi tomado pela propaganda do PCdoB e o que vimos? Vimos o óbvio: os funcionários do lullismo batendo pau para o patrão. Triste a situação do PCdoB, fez a vida toda discurso contra patrão, mas nunca deixou de ser um empregado subalterno do petismo, um empregado daqueles que nunca vai subir de posto ou ter o salário aumentado. No programa do partido, aparecia em primeiro plano o apresentador dizendo: "Estamos trabalhando juntos com o governo"... blablablá, blablablá...  NÃO, eles não trabalham juntos com o governo, trabalham PARA o governo e se saírem da linha tomam um pontapé no traseiro. Querem parecer autônomos, mas não são. O PCdoB não passa de uma banquinha de camelôs alugada. Agora mesmo, por ordem do pai Lulla, ele e o PT botam pressão na UNE para que a agremiação estudantil declare apoio a Dilma Rousseff Stalin. A UNE vem se mostrando, ao longo dos anos, uma prestadora de serviços ao Estado lullista, desse modo, não precisaria tanto de pressão quanto de soldo. A pressão então seria para dar aquele ar de independência e autonomia ou é porque na composição atual o PCdoB e o PT perderam alguns espaços dentro da cúpula da organização estudantil e já não podem decretar sua total sujeição ao poder lullista? A coleira está meio frouxa? É possível que seja isso! Há braços!  

22 abril 2010

ABRE O OLHO, MEU IRMÃO!

Mocolândia tá fervendo
com sua reconstrução
esse é um tempo velho
velho-novo, novo não
professor tá percebendo
continua a servidão
de trezento a quatocento
 ele ganha, meu irmão
isso é uma maravilha,
 veja que revolução
pega logo e não faz briga
essa é a nova escravidão
o negócio tá perfeito
cada um com seu carrão
com parentes empregados
pendurados nos cunhão
veja a nobreza de espírito
rejeitaram até milhão
era pro saneamento,
ninguém caga no sertão
no gosto do galeguim
isso é a salvação
Serra Azul tá fervilhando
com tanta concentração
cada um tem uma gleba
na serra em um grotão
refloresta, minha gente
cada muda com a mão
não se fala de política
não se malha a gestão
e na cabeça do povo
vão plantando ilusão
fica a verdade espalhada
pelo vale, no areião
os ricos cada vez mais ricos
os pobres lambendo o chão
chama Cirço, chama Brito
chama Tó, chama João
reparem  o assossego
escondendo a enganação
chama a velha da Formosa,
Siliverso com o facão
Seu Hermes enxerga tudo
sem o dote da visão
quem não vê como seu Hermes,
abre o olho, meu irmão!
(JM da Silva)

19 abril 2010

OLHA A IURD DANDO PINTA NOVAMENTE!

A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) ganhou novamente as manchetes dos principais jornais do país. Conseguiram realmente curar um cancer? Não, claro que não! Conseguiram na verdade expor a metástese de um câncer: o mau-caratismo, o charlatanismo religioso e o apego cego, a qualquer custo, ao deus-grana que reina na prática dessa empresa religiosa e joga lama em tudo quanto é instituição evangélica do país. A Iurd deu a pinta que faltava de organização criminosa.  Um vídeo do Bispo Romualdo Panceiro, sucessor de Edir Macedo, ensinando os pastores a fazerem pactos com criminosos é a última que faltava. O vídeo veio à tona recentemente e é uma reação orientada pelo Bispo Macedo a um assalto ocorrido a um carro que transportava 52 mil reais da igreja. Nas imagens, o Bispo Panceiro orienta os líderes a procurar os chefes criminosos nas favelas ou presídios  para dizer-lhes que estão do mesmo lado. Diz o bispo pilantra: "o problema não é o bandido, o problema é a polícia".   Diz mais: falem para os bandidos: " a gente é companheiro ou não é"? O Brasil já deveria ter dado um basta nessa farra da Iurd. É picaretagem demais! É uso da fragilidade que a pobreza e a ignorância produzem.  É o exercício mais puro da vigarice e da má-fé. Em falar nisso, não custa imaginar que Lulla e sua trupe tão amiga do Bispo Macedo formam uma espécie de Iurd da política. Há braços!

16 abril 2010

A TECNOLOGIA QUE FALTA AO REBANHO

O texto abaixo, uma criativa peça da lavra de Millor Fernandes dá a ideia do tipo de tecnologia que está em falta há muito no meio canabrabeiro. Divirtam-se! 

"Um novo e revolucionário conceito de tecnologia de informação. 
Na deixa da virada do milênio, anuncia-se um revolucionário conceito de tecnologia de informação, chamado de Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas - L.I.V.R.O.
L.I.V.R.O. representa um avanço fantástico na tecnologia. Não tem fios, circuitos elétricos, pilhas. Não necessita ser conectado a nada nem ligado. É tão fácil de usar que até uma criança pode operá-lo. Basta abri-lo!
Cada L.I.V.R.O. é formado por uma seqüência de páginas numeradas, feitas de papel reciclável e capazes de conter milhares de informações. As páginas são unidas por um sistema chamado lombada, que as mantêm automaticamente em sua seqüência correta.
Através do uso intensivo do recurso TPA - Tecnologia do Papel Opaco - permite-se que os fabricantes usem as duas faces da folha de papel. Isso possibilita duplicar a quantidade de dados inseridos e reduzir os seus custos pela metade!
Especialistas dividem-se quanto aos projetos de expansão da inserção de dados em cada unidade. É que, para se fazer L.I.V.R.O.s com mais informações, basta se usar mais páginas. Isso, porém, os torna mais grossos e mais difíceis de serem transportados, atraindo críticas dos adeptos da portabilidade do sistema.
Cada página do L.I.V.R.O. deve ser escaneada opticamente, e as informações transferidas diretamente para a CPU do usuário, em seu cérebro. Lembramos que quanto maior e mais complexa a informação a ser transmitida, maior deverá ser a capacidade de processamento do usuário.
Outra vantagem do sistema é que, quando em uso, um simples movimento de dedo permite o acesso instantâneo à próxima página. O L.I.V.R.O. pode ser rapidamente retomado a qualquer momento, bastando abri-lo. Ele nunca apresenta “ERRO GERAL DE PROTEÇÃO”, nem precisa ser reinicializado, embora se torne inutilizável caso caia no mar, por exemplo.
O comando “browse” permite fazer o acesso a qualquer página instantaneamente e avançar ou retroceder com muita facilidade. A maioria dos modelos à venda já vem com o equipamento “índice” instalado, o qual indica a localização exata de grupos de dados selecionados.
Um acessório opcional, o marca-páginas, permite que você faça um acesso ao L.I.V.R.O. exatamente no local em que o deixou na última utilização mesmo que ele esteja fechado. A compatibilidade dos marcadores de página é total, permitindo que funcionem em qualquer modelo ou marca de L.I.V.R.O. sem necessidade de configuração.
Além disso, qualquer L.I.V.R.O. suporta o uso simultâneo de vários marcadores de página, caso seu usuário deseje manter selecionados vários trechos ao mesmo tempo. A capacidade máxima para uso de marcadores coincide com o número de páginas.
Pode-se ainda personalizar o conteúdo do L.I.V.R.O. através de anotações em suas margens. Para isso, deve-se utilizar um periférico de Linguagem Apagável Portátil de Intercomunicação Simplificada - L.A.P.I.S. Portátil, durável e barato, o L.I.V.R.O. vem sendo apontado como o instrumento de entretenimento e cultura do futuro. Milhares de programadores desse sistema já disponibilizaram vários títulos e upgrades utilizando a plataforma L.I.V.R.O".
HÁ BRAÇOS!

12 abril 2010

DILMA E O FIM DA HISTÓRIA

Dilma Rousseff Stalin disse no último fim de semana que não fugiu da luta, que enfrentou o regime militar no seu período mais duro. Ela falava isso como forma de provocar o adversário Serra que se exilou no Chile no mesmo período. Particularmente falando, é uma infelicidade a afirmação da candidata lullista. Golpe baixo que atinge todas as pessoas que foram exiladas e sofreram longe da pátria. O exílio era a única  saída para muitos que lutavam pela democracia, cujos nomes já vigoravam nas listas de procurados pelo regime. Boa parte dos que cairam na clandestinidade, como Rousseff, não lutava por democracia no país. Lutava contra uma ditadura com a finalidade de implantar outra: a ditadura do proletariado. Era uma garotada de classe média e alta, insuflada pelos capas das correntes comunistas, querendo substituir uma ditadura por outra e, pior, uma ditadura nomeada como proletária, mas na qual o proletário continuaria sendo eternamente proletário e pronto (como em Cuba). O verbo fugir utilizado pela candidata do PT foi usado uma semana antes pelo General Leônidas Pires Gonçalves, numa entrevista do documentário de Geneton Morais sobre a ditadura militar brasileira, exibido pela Globo News. Ali, o general, ex-Ministro do Exército, dizia que o regime não exilou ninguém uma vez que não existia lei de exílio ou ordem institucional de exílio. Disse Leônidas, também ex-chefe DOI-Codi ,  que, na verdade, essas pessoas fugiram do país por terem feito algo de errado. Claro que não é bem assim! Dezenas de pessoas que ficaram e foram prestar contas ao Estado sobre suas atitudes ou ações ou foram torturadas ou assassinadas nas dependências de quarteis do Exército. Dilma repete o discurso covarde e unilateral do General Leônidas, cospe na história apenas por conveniência política eleitoreira. Isso é absurdo. Tentar ganhar o jogo apagando a História, dando canelada e cotovelada pode ser natural para a Rousseff Stalin de Lulla, mas é uma lástima para a democracia brasileira. Há braços! 

11 abril 2010

O PSOL E O BÓSON DE HIGGS

O PSOL é uma legenda ridícula, a começar pelo nome. Mas não é o nome a fonte da desgraça e do nanismo desse partido. A fonte do nanismo e do destrambelhamento da micro-legenda é o narcisismo, é a vaidade pessoal da turma que a compõe. Agora mesmo o PSOL está rachado. A turma da gralha Eloisa Helena e do narciso Martiniano Cavalcante abriu o primeiro racha no partido. Será quem vai ficar com o Bóson de Higgs? Plínio, o velho gagá ou Martiniano, o braço direito (o que sobrou) da freira falastrona de Maceió? Já que eles conseguiram dividir um átomo com tanta facilidade, serão bem capazes de encontrar o Bóson de Higgs e desbancar os cientistas que trabalham no LHC, o caro acelerador de partículas, dividindo partículas sub-atômicas com o fim de achar o tal bóson, a partícula responsável pela origem da matéria. O PSOL é tão imaterial, tão distante da realidade que talvez esteja sentado sobre o bóson sem percebê-lo. Há braços!

10 abril 2010

QUE SE DANE A LÓGICA, SÓ O REBANHO IMPORTA!

Vejam o que um desses funcionários não-remunerados do poder canabrabeiro escreveu num texto  sobre o voto. Vamos comentar apenas o primeiro parágrafo, aí vocês nos digam se esse povo é maluco ou não, se o caso é de lavagem cerebral ou não! Na entrada do parágrafo o sujeito diz o seguinte:Há algum tempo atrás estaria defendendo o voto em candidatos honestos e éticos, de preferência pertencentes a partidos que tivessem em seus programas a luta pela implantação de um sistema de governo com ideais Socialistas”. Primeiro erro de raciocínio: se há algum tempo ele ESTARIA DEFENDENDO, quer dizer que ele não está mais defendendo. O que imagina essa figura no atual momento? Pensa estar ao lado dos amigos que, mesmo tendo violado o que plantaram na cabeça dele como honestidade e ética, são mais importantes. Seguindo ainda o ESTARIA DEFENDENDO, como se vê, o critério do nosso bate-pau não inclui mais os “ideais socialistas”.
Muito embora o ESTARIA DEFENDENDO do funcionário não-remunerado dos mocós canabrabeiros produza inferências lógicas, implícitos e subentendidos que o opõem à tal ética, honestidade e ideais socialistas, ele surpreendentemente contradiz a afirmação anterior nos dois períodos seguintes: Ainda defendo o Socialismo como forma de governo e candidatos honestos e éticos, acredito, também, que, em alguns partidos, com certa dificuldade, é claro, ainda se encontra parlamentares que defendam esses ideais. Infelizmente esses partidos, para chegarem ao poder, fizeram coligações com o que existe de mais reacionário dentro do que chamamos política partidária. Misturaram-se tanto que hoje, não temos nenhum que defenda essa forma de governo. Um leitor normal seguiria assim o raciocínio torto do bate-pau: ele não defende mais a honestidade, a ética e os ideais socialistas, mas ainda defende! Dá para entender?  Ele acredita também, que, em alguns partidos, com certa dificuldade, é claro, ainda se encontra parlamentares que defendam esses ideais. Mas, em seguida, no mesmo período, diz não temos nenhum que defenda essa forma de governo. Por que o funcionário dos mocós montou esse conjunto maravilhoso de raciocínios que jogam a lógica no lixo? Há uma hipótese simples: acometido pela lavagem cerebral anos a fio, tal sujeito sofre de um conflito moral. Como pregar por tantos anos a ética, a moral e os ideais socialistas e defender na atualidade os companheiros que estão no poder praticando coisas piores do que as que combate em nome da ética, moral e ideais socialistas? O cérebro se contorce para se posicionar entre a ideologia inculcada e a prática da turma. No fim de tudo, a moral de rebanho prevalece.
O titubear do funcionário não-remunerado dos mocós entre a ideologia que prega e a prática para a qual baixa a cabeça indica a tendência a alisar a turma do PT nas próximas eleições. Em resumo, o raciocínio tortuoso manda um recado subliminar: vamos trabalhar para Wagner e a turma ligada a ele. Outro equívoco que o raciocínio torto do bate-pau evidencia é o tal purismo da esquerda.  Ele fala como se existisse uma esquerda pura, ética e honesta que, coitadinha, foi desvirtuada pela burguesia, pela direita corrupta. Confiram: Infelizmente esses partidos, para chegarem ao poder, fizeram coligações com o que existe de mais reacionário dentro do que chamamos política partidária. Misturaram-se tanto que hoje, não temos nenhum que defenda essa forma de governoA configuração imaginária dessa gente a impede de enxergar em si mesma e nos seus pares qualquer coisa que não seja inocência, pureza, honestidade, ética etc. Enquanto isso, o lullismo, corrente hegemônica que engloba todas as demais vai, com sua horda de corruptos, saqueando o Estado, detonando a democracia e financiando ditadores como os cubanos. Quem não consegue enxergar o fracasso da educação, da saúde e da economia cubana vai enxergar o quê?
No fim das contas, segue o capacho do poder, falando dos partidos de esquerda, com mais um engano: "Apesar de ainda manterem seus programas com linha socialista, apenas para manter o falso discurso". Ainda não percebeu, ele, contaminado pela formação imaginária, que socialismo nunca existiu e que o eixo ideológico desses programas leva tão somente à constituição de uma elite centralizada, burocrática e corrupta como a que existe em Cuba, Coreia do Norte, Venezuela etc. Desse modo, ignora que o discurso sempre foi falso, sempre constituiu uma estratégia para arrebanhar militância e fazer opinião favorável a suas investidas contra o poder com o único fim de desocupá-lo e prepará-lo para perpetuá-lo nas mãos da elite  partidária. Há braços!

09 abril 2010

O RIO DE JANEIRO E O DUPLO OLHAR ELEITOREIRO

Foto: o início do pesadelo no Rio
O Rio de Janeiro ficou debaixo d´água por 48 horas e contabilizou uma triste e lamentável tragédia.  O Rio, de fato é uma cidade maravilhosa, de longe a cidade mais bonita do Brasil. Mas tragédias não escolhem lugar e hora para acontecer. A culpa é de quem? Obviamente de ninguém! O volume de chuvas despejado sobre a capital fluminense causaria grandes problemas em qualquer metrópole. Não há rede fluvial que suporte tanta água de uma só vez. Sem escoamento, a cidade virou uma grande poça a beira do mar. O número de mortos no Rio já chega a 182 pessoas e vai aumentar. Talvez passe de 300. Mas essa tragédia nos dá uma lição de política. Ensina-nos mais uma vez como pensa a turma de Lulla.
 As chuvas que castigaram São Paulo no  final de dezembro e por todo o mês de janeiro fizeram 71 vítimas fatais e colocaram a maior metrópole da América do Sul em estado de caos. A turma eleitoreira do PT sequer se compadeceu com a situação das vítimas e dos mortos. Os eleitoreiros saíram logo atirando no governador José Serra. De Lulla a Dilmona Rousseff Stalin, de Marta-relaxa-e-goza a Mercadante-doutor- sem-doutorado, não faltaram tiros no careca com cara de chofer de funerária que também é candidato a presidência este ano. A culpa dos 40 dias de dilúvio em São Paulo era de Serra e daquele prefeito com  olhos de louco e cabeça de anão. O soviete de lulla explorou a desgraça de São Paulo sem nenhum constrangimento ou pesar e de forma exaustiva, afinal Dilmona é ruim de serviço e não consegue emplacar. Desse modo, há que se focar na imagem do adversário e fazê-lo sangrar até as últimas. Foi isso, o ideal era que São Paulo afundasse nas águas de São Pedro até o dia das eleições, com o fim de permitir que a Roussef Stalin remasse sua canoa do atraso até o cais do Palácio da Alvorada. E o povo de São Paulo? Que se dane o povo!
Agora, no Rio do governador aliado, do prefeito aliado, a turma do Lulla se comporta como gente decente. Para eles o que aconteceu ali não é culpa do prefeito e do governador ( e de fato não é, mas se fossem adversários do lullismo seria). Para eles, o povo é que é imprudente e vai ocupar encosta de morro, para eles deve-se mobilizar a federação imediatamente, com recursos e mão de obra de modo a assistir àquele povo sofrido vitimado por um desastre da natureza. A mãe do PAC (Plano de Aceleração da Candidatura) é capaz de puxar um "We are the world, we are the Rio"! para levantar fundos. É assim, como sempre dizemos: "Aos amigos, tudo! Aos inimigos, a lei"! E nesse caso, o achincalhe principalmente.  E como têm inimigos esse povo, basta contrariar os interesses políticos deles você vira um. Democracia não é mesmo com essa gente! Há braços!

04 abril 2010

A POÇA RASA DA NONA SEAC

Antes uma semana de arte meio esvaziada do que nenhuma, essa é a conclusão dos mais otimistas com relação ao evento cultural canabrabeiro que chega ao último dia da sua nona edição. De fato, a Seac, seja manipulada, usada politicamente, sempre será uma coisa positiva porque o tipo de sentimento que ela mobiliza, o tipo de desejo que ela territorializa transcende qualquer gesto dos espíritos de porco que a querem como mera peça de manipulação politiqueira.
O valor da Semana de Arte é inestimável. É difícil calcular a extensão dos efeitos que as suas nove edições produziram ao longo dos anos. O quanto sua memória e os saldos de sua concretude contribuíram para forjar a autoestima uibaiense, certo caráter e a identidade do povo que habita o pé da Serra Azul. A nona Seac, como se constata, sofre de certa anemia, de certa incapacidade para refletir o presente de forma crítica. Quem tentou mergulhar fundo nessa nona edição da Semana de Arte quebrou o pescoço. A poça era rasa, com muita horizontalidade e nenhuma verticalidade, salvo uma ou outra exceção atiçada às sombras pela vaidade política dos donos do poder. Há braços!


02 abril 2010

VIGARICE IDEOLÓGICA - II





 O que devemos fazer com a vigarice que tomou conta da Canabrava? Os caras  simulam falta de memória e saem por aí propondo as saídas mais bobocas, mais fake para a situação canabrabeira que eles mesmos criaram. Elegeram uma cambada de mocós cujos interesses são todos, menos os da comunidade do pé da serra. Agora vêm com  a encenação de governo paralelo que no fundo é mais proteção da trupe do poder do que qualquer coisa. Vêm com a conversa fiada de bancar planejamento estratégico para o município, patrocinar discussões para buscar emprego e renda; capacitar gestores públicos... Ai, ai, ai... quanta encenação, quanto delírio, quanta necessidade de agradar ao poder local, de lamber botas, de balançar o rabinho obediente... Vira-latas protegendo o terreiro da mocosada do poder... é isso! Como se não bastasse toda a pantomima, ainda sairam com a piada hilariante de montar meio de comunicação eficaz para popularizar o conhecimento. Essa é a maior... "Comunicação eficaz" deve ser o novo nome para bajulação, mistificação de idiotices e criação de mitos ridículos. Esse povo não se toca mesmo. A comunicação eficaz deles deve ser aquela que esconde os podres dos companheiros e aumenta os defeitos dos adversários ad infinitum.  E o tal "conhecimento" não deve passar daquela baboseirada ideológica, maniqueísta e unilateral. Estamos feitos com uns merdas desses!
HÁ BRAÇOS!




O HOMEM NÃO É UMA BELEZINHA QUE A SOCIEDADE DEGENERA

Todas as balelas e as causas retóricas que a esquerda inventa para manipular as massas têm um pano de fundo. Na verdade, se alimentam da tradição vigarista plantada muito antes por Rousseau no contrato social. Naquela fantasia idílica de que o homem tem uma natureza nobre e que a sociedade o corrompe tornando-o o animal abominável que é. Traduzindo para o nosso tempo: o capitalismo, esse monstro terrível, esse Pantagruel insaciável desumaniza o homem e bla-bla-blá... bla-bla-blá, bla-bla-blá...  Freud, o tal Sigmund pai da Psicanálise, essa arte de inventar o desejo e desejar o inventado, não nutria muita simpatia pelo falatório que dividia a intelectualidade de sua época. Para cuspir no rousseauismo recalchutado pela retórica dos comuna, mandou  ver logo com aquela frasezinha de Plauto que costumam atribuir a Thomas Hobbes: o homem é o lobo do homem! Chega de pensamento torto: a sociedade existe mesmo é para impedir que o homem se destrua. A democracia existe para tentar amarrar a riqueza humana com um laço de igualdade. Claro que como o homem é a peste que é, ele está sempre burlando o sistema e muitas vezes com as desculpas mais estapafúrdias. Então vamos dar uma embarcada no argumento de Freud:
"O elemento de verdade que está por trás disso tudo, elemento que as pessoas estão tão dispostas a repudiar, é que os homens não são criaturas gentis que desejam ser amadas e que, no máximo, podem defender-se quando atacadas; pelo contrário, são criaturas entre cujos dotes instintivos deve-se levar em conta uma poderosa quota de agressividade. Em resultado disso, o seu próximo é, para eles, apenas um ajudante potencial ou um objeto sexual , mas também alguém que os tenta a satisfazer sobre ele a sua agressividade, a explorar sua capacidade de trabalho sem compensação, utilizá-lo sexualmente sem seu consentimento, apoderar-se de suas posses, humilhá-lo, causar-lhe sofrimento, torturá-lo e matá-lo. Homo homini lupus ( O homem é o lobo do homem, citado de Plauto). Quem, em face de toda a experiência da vida e da história, terá coragem de discutir essa asserção? Via de regra, essa cruel agressividade espera por alguma provocação, ou se coloca a serviço de algum outro intuito, cujo objetivo também poderia ter sido alcançado por medidas mais brandas. Em circunstâncias que lhe são favoráveis, quando as forças mentais contrárias que normalmente a inibem se encontram fora de ação, ela também se manifesta espontaneamente e revela o homem como uma besta selvagem, a quem a consideração para com a sua própria espécie é algo estranho".  FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
HÁ BRAÇOS!

01 abril 2010

VIGARICE IDEOLÓGICA - I

A pergunta é simples: há alguma greve no estado da Bahia? Não! Mas as entidades sindicais da Bahia são mais incompetentes do que as de estados como  São Paulo que estão deflagrados em greve? Não! Cães balançando o rabinho para o poder na Bahia e cães ladrando de modo açodado em São Paulo  refletem a vigarice ideológica do PT. "Aos amigos, tudo! Aos inimigos, a lei"! Para essa turma, democracia, direitos, deveres etc., são coisas unilaterais, seguem o que convém à ideologia deles. Assim, sindicatos e demais representações são instâncias do partido, o "grande irmão" que está em toda a parte exercendo a regência dos processos sociais, colocando-os no lugar de milícias a serviço da manutenção do poder concentrado nas mãos do partido ou como cães de guerra com o fim de destroçar o poder que ainda não foi ocupado pelo "grande irmão".  Não houve e nem haverá greve nos estados em que o "grande irmão" estiver na regência, nem antes das eleições e provavelmente nem depois . Há braços!