O trabalho, essa obsessão
floreio, teatro da libertação.
Trabalho enfim só dignifica o patrão!
Sai fora! Corta essa, meu irmão!
Trabalho não passa de escravidão.
Vamos comemorar o quê?
O imposto sindical roubado do conta-cheque?
A perseguição incansável ao CPF?
O relógio de ponto, a cara cínica do chefe?
A jornada interminável, a manchete:
a preço de tudo subiu, a história se repete!
Os trocados mensais, a miséria, o esquete.
Quem pediu pra nascer,
veja com quem se mete!
Quem pediu pra morrer, por favor desinfete!
Eu não vou trabalhar, vou fazer o que preste:
Dar vazão a meu ser, seja doce ou agreste.
Não vou me ofender
com quem não reconhece.
Vou botar pra fuder,
eu sou cabra da peste!
(Cosme Bafão, mandando o dia do trabalhador ir à merda)
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