28 novembro 2010

QUEM AGUENTA?

Uma horda de panfleteiros de esquerda se pôs a comentar a operação de guerra no Rio de Janeiro. Estão mais confusos do que papagaio em sala de espelhos. Não dizem praticamente nada que se aproveite. O que se nota é que  toda essa perturbação mental encerra a necessidade de justificar o injustificável. Eles querem insistir naquela coisa de luta de classes na favela. Há até quem diga que os bandidos armados de fuzis, metralhadoras, dinamites e granadas são produtos da pobreza do morro, são lumpem proletariado, assalariados do tráfico. Se brincar essa gente vai se propor a fundar o sindicato dos trabalhadores explorados no tráfico.  Vigarice é pouca coisa para nominar essa gente. As opiniões confusas deles se devem à dificuldade de sustentar o desencontro entre suas teses furadas e a dura realidade que se vê no Rio. A jogada é simples: quando não é possível  sustentar as teses sem prejuízo, eles simulam a confusão e passam adiante sua ideologia da mesma forma. O problema é que por mais que se quisesse ficaria difícil tratar os bandidos acuados no Coplexo do Alemão como coitadinhos vitimados. Como explicar tanta arma pesada? Como explicar as barricadas em toda a extensão do Alemão? Como explicar as três toneladas de drogas apreendidas no local?
Eles dizem que os bandidos são produtos da pobreza dos morros, da exclusão. Se fosse assim os 32 milhões de pobres que recebem bolsa família seriam criminosos. Se fosse assim 80% dos nordestinos seria bandido; Se fosse assim os 400 mil habitantes do Complexo do Alemão seriam bandidos e não são. A imensa maioria é refém de facções criminosas que se apossaram das favelas aproveitando a ausência do Estado. Conversa fiada, pobreza não é sinônimo de bandidagem não, bandidagem existe de uma ponta a outra da sociedade. Desde a mais sofisticada elite a mais deplorável ralé.
Outra coisa, Plínio, o velhinho maluquinho,  vem tentando junto com o netinho ideológico Marcelo Freixo e a  turma do mundo de bob passar a ideia de que a operação da polícia quer mesmo é criminalizar a pobreza. É mentira, das mais sem vergonha. O que se vê em dezenas de depoimentos é a sensação de alívio da população honesta: até que enfim o Estado veio nos libertar. É o que muitos dizem. E assim que terminada a operação é obrigação do Estado iniciar o trabalho urgente de construção daqueles territórios, levando a eles os benefícios necessários ao desenvolvimento social e garantido os direitos sociais. As pressões políticas devem recair sobre o Estado. Todos os setores têm que exigir do marqueteiro Sérgio Cabral  o fim das milícias e o investimento robusto na recuperação das áreas de morro há tantas décadas ignoradas pelo poder.  Há braços!

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