05 setembro 2010

UMA CAMPANHA SUICIDA

Ontem Lulla, para não perder o costume, desandou a falar bobagens em São Paulo. O petismo está desesperado porque já sente o ferro que o arrogante Aloisio Mercadante vai tomar no primeiro turno. O inventor da Dilma disse que "mentira tem perna curta" tentando banalizar o grave caso da violação de sigilos fiscais na Receita Federal para fins políticos. No caso, quem cometeu o crime e quem mente  é a turma lullista, mas Lulla tenta transformar a armação arquitetada pela turma de sua candidata em uma armação do PSDB. Eu acho pouco. O PSDB merece ser castigado. Quem não merece são as instituições democráticas é a Constituição Federal. O PSDB merece o massacre que está sofrendo porque cometeu um erro grave: deixou que o lullismo se apropriasse de tudo que foi criado nos dois mandatos de FHC (as coisas positivas, é claro!) e se silenciou. Caiu na cilada de um marqueteiro que o retirou do debate político com a promessa que ele iria se beneficiar  da popularidade de Lulla. Presencia-se, no momento, a política vazia. Os marqueteiros mataram a Política. Ou no mínimo amolaram a faca para o PSDB dar o golpe de misericórdia. O maior disparate que já se viu.
Lulla se aproveitou do Plano Real e dos programas implantados por FHC para chegar a tal nível de popularidade e tratou logo de apagar FHC da história para ficar com os louros. E foi uma mentira atrás da outra, uma bravata atrás da outra... Na verdade, eles se beneficiavam do que chamavam de "herança maldita". Um velho truque. Caberia ao PSDB lógicamente colocar o PT no seu devido lugar na história, como continuador de FHC. Desmistificar as mentiras, mas não... num surto de estupidez desses que os publicitários e marqueteiros estão sujeitos aqui e acolá, a campanha de Serra enveredou por um caminho suicida e agora agoniza na imobilidade criada pelos marqueteiros. Enquanto isso, o petismo aproveita para mentir a vontade, Lulla sobretudo, já que o próprio candidato do PSDB caiu no papo furado de que a popularidade de Lulla é motivo para sujeição a ele ou para tolerância com as asneiras que ele fala, uma após a outra, transformando o âmbito institucional do País num samba do crioulo doido, tratando as instituições públicas como casa da mãe joana. FHC que teve as conquistas de seu governo apropriadas pelo PT e não viu um X sobre o assunto nos programas de Serra, tratou de bater em retirada. Ele bem poderia ser o carro chefe da campanha, encarregado de arrebentar a farsa petista, porém isso não foi relevado pelos marqueteiros malucos do PSDB. Vocês já podem sentir no que vai dar toda essa zona? Há braços!

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