A essa altura do campeonato, o que quer esse juiz? Impedir o palhaço de assumir um papel no circo político brasileiro? Por que não o fez na ocasião do registro da candidatura? Tiririca é um traste, um lixo em termos de princípios, um sujeito que finge não saber separar o picadeiro onde trabalha, no qual busca o riso por meio de licenças morais, da vida real. Decerto, o candidato palhaço tem motivos para não separar a atuação circense da vida real e esse é o lado deprimente da coisa. O que motiva Tiririca é certa semelhança que a política brasileira do momento tem com as farsas que encena diariamente nos palcos de programas de TV. Tiririca se faz de retardado mental para produzir riso e ganhar o pão e os políticos nos fazem de retardados mentais para se perpetuarem no poder. E como retardados que somos corremos a votar em massa em alguém que imaginamos parecido conosco que está do outro lado bagunçando a encenação dos políticos para, em consequência, nos fazer rir de nosso retardamento.
Não pensem vocês que nesse caso Tiririca é a pior coisa que existe no mundo. Pelo contrário, ele tem se saído como o melhor de todos. Há atores piores no picadeiro eleitoral. Dilma, por exemplo, é um personagem inventado por Lulla que se dependesse de seu currículo e de seus dotes teatrais para convencer não obteria nem um décimo dos votos que Tiririca vai faturar. O sucesso de Dilma se deve aos dotes teatrais de Lulla que não chega a ser melhor do que Tiririca. Tiririca consegue passar certa sinceridade, certa inocência nas idiotices que encena, Lulla vacila nesse ponto. Tiririca se coloca como pior do que o eleitor para ser o melhor e a maioria dos que encenam no horário eleitoral se coloca como melhor para enfim ser pior. Quero dizer que o palhaço é o melhor por não esconder as intenções o que os outros escondem. A situação está brava mesmo. Há braços!
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