Na esquina deste mundo louco
Cheio de gente mas vazio e oco
Há um melancólico mendigo a implorar a outros:
Dei-me um sorriso, pelo amor de Deus!
Dei-me um abraço, por caridade!
Dei-me notícias para matar a saudade!
Pega a minha mão e vá pela cidade.
Mostre-me o jardim, o lago, a imagem
de um novo canto, com outra paisagem
Dei-me um sorriso, ainda tenho alma
Traga-me um abraço um tanto apertado
Alimente esse pobre corpo na calçada.
Neste solo cinza de sonhos fugazes
cheio de mendigos cegos sem ternura
cujos próprios passos cheios de loucura
os levam para longe eterna tortura
caminham sem se ver,
sem sentir a textura
do que há de humano em sua estrutura.
E morrem famintos em meio a abundância
sem estender a mão
ou sorrir
ou viver
fora dos casulos
que teceram sem querer
fora das prisões que erigiram
em seu ser.
(cosme bafão)
Neste solo cinza de sonhos fugazes
cheio de mendigos cegos sem ternura
cujos próprios passos cheios de loucura
os levam para longe eterna tortura
caminham sem se ver,
sem sentir a textura
do que há de humano em sua estrutura.
E morrem famintos em meio a abundância
sem estender a mão
ou sorrir
ou viver
fora dos casulos
que teceram sem querer
fora das prisões que erigiram
em seu ser.
(cosme bafão)
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