27 setembro 2010

A POBREZA DO DEBATE É A POBREZA DA POLÍTICA

O debate de ontem na Record não alterou muito o ritmo do que vem sendo as campanhas à presidência. A única novidade é que Marina Silva, embalada pelos resultados das últimas pesquisas que constataram certo crescimento da candidatura verde em relação a do PSDB, danou a bater em Serra e em Dilma. Marina quer posar como o viés puritano e bonzinho alternativo à briga de cachorro encenada por Serra e Dilma. Mas mesmo que seja alternativa é uma alternativa sem projeto. Marina não tem plano de governo, não tem projetos palpáveis por isso nos momentos em que teve que responder às investidas dos adversários ficou parolando de modo genérico e superficial com aquela entonação vocal de quem não almoçou e nem jantou.
Plínio, o velhaco, como sempre, fez propostas mirabolantes que só funcionariam no mundo de Bob da turma dele e usou da retórica ad hominem para atingir os adversários. Plínio é uma lástima, não mede as consequências do que fala e sua irresponsabilidade só arranca aplausos da torcida organizada de psolistas e demais entes do mundo de Bob que de uma forma ou de outra arranja entrada nos debates. A boneca inventada por Lulla não foi além do de sempre: gaguejou, teve pane de memória, soltou a mentirada inflada como de costume e pronto. Já Serra, muito tarde veio trazer FHC para o debate em uma tímida tentativa de colocar o PT no seu lugar verdadeiro, mas não teve fôlego nem coragem para ir mais longe. O debate eleitoral foi de uma pobreza sem precedentes. Se a coisa não melhorar no próximo e último debate, iremos para as urnas tomados de melancolia. Há braços!

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