21 setembro 2010

CONVENCER OU PERSUADIR SEM ARREBENTAR AS INSTITUIÇÕES!

É impressionante o modo bronco como muitos tagarelas reagem aos escândalos de corrupção que supitam aqui acolá em meio ao jogo político eleitoral. Quem está sendo chamuscado pela fogueira da corrupção que a cada dia recebe robustas toras de lenha é o petismo e era de se esperar que ele tentasse minimizar a gravidade das falcatruas alardeando a conversa fiada de que não há crime, de que se trata de factóides eleitoreiros (essa é a conversa que Dilma repete) inventados pelos opositores, pela imprensa reaça, por sinal todos golpistas, blablablá, blablablá! 
O que quer o petismo com isso? Certamente impedir o avanço dos candidatos de oposição, Serra e Marina, em virtude da descrença do eleitor com os representantes de quem ocupa atualmente o poder. Mas ao se preocupar tão somente com o resultado das eleições, o bando de Lulla arrebenta a legalidade no País. Ignorar, por exemplo, a quadrilha familiar que se fartava com dinheiro público na Casa Civil é jogar no lixo o código de conduta do serviço público, é rasgar a Constituição.Quando os lullistas acusam os demais candidatos de golpismo, fico imaginando: a eleição já terminou? Não! Como pode haver golpe? Querem tirar de Dilma a eleição que ainda não aconteceu e não se sabe se ela vai ganhar? Quem vai decidir, que eu saiba, qual candidato ocupará o Planalto é o eleitor. Se Dilma não for eleita será um golpe? Só gente de miolo mole engole esse papo furado. 
O comportamento dos candidatos da situação é preocupante. Como uma rede de corrupção igual a que ocorria na Casa Civil pode ser ignorada em sua gravidade e  banalizada no palco do teatro eleitoral diante da nação inteira? Como Lulla, o regente maior do País, guardião das instituições, pode se rebaixar e rebaixar as instituições públicas que representa em função do jogo eleitoral? Lulla e sua turma, os miolos moles do petismo e o pessoal do mundo de Bob querem criminalizar a imprensa e os candidatos competitivos da oposição por explorarem a farra da Casa Civil. Quem deve ser responsabilizado pelos crimes ocorridos dentro do Palácio do Planalto é a oposição? A que ponto chegamos! Em ano eleitoral não se pode mais denunciar crimes? Estamos vendo a hora de um ladrão desses aí que não tem colarinho branco (os de colarinho branco já o fazem), ao ser pego assaltando um banco ou casa lotérica, protestar diante das câmeras: eu sou eleitor da Dilma, isso é um factóide, é uma invenção da mídia e da oposição para desqualificar a minha candidata! 
O certo é que há dois modos de chegar ao eleitor: pelo convencimento ou pela persuasão. Ou o candidato o convence e para isso seu argumento tem que ter  dados da realidade e fio lógico que leve o eleitor a conclusões racionais firmes e sólidas a cerca das suas propostas e intenções políticas. Nesse caso, o eleitor é atraido pela razão, pela racionalidade. Ou o postulante ao poder procura persuadir o eleitor e nesse caso se utiliza de suposições, de associações apenas verossímeis e de elementos emocionais e afetivos. Em suma, ou se ganha o voto pela razão ou pela emoção, pela irracionalidade. No momento, dado o calor da peleja eleitoral, há um bando imenso de gente irracional na ativa e quando um lado não tem elementos para vencer com a razão (caso do petismo acuado pela corrupção) e a possibilidade do apelo emocional está favorável à oposição, devido aos sucessivos escândalos no coração do governo, resta o quê aos candidatos do petismo senão partir para um vale tudo que destroça as instituições democráticas do País? Há braços!

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