16 setembro 2010

OS NANICOS E O MUNDO DE BOB

Os nanicos da equerda não são deste planeta, tampouco deste País. Tudo que eles escrevem se refere a um mundo desconhecido, longe da nossa realidade. Eles se silenciam sobre a bandalheira política brasileira e seus personagens como se não fizessem parte deste mundo, como se vivessem numa espécie de "mundo de Bob". Nos blogs  e congêneres dessa gente, por exemplo, raramente há uma linha sobre Lulla, Dilma, sobre os disparates que dizem diariamente como personagens do poder. Não há uma vírgula sobre os casos de corrupção e os escândalos que pipocam diariamente. Não existe corrupção na Casa Civil, não existe ameaça à democracia, não existem violações de sigilo na Receita Federal e deve ser muito normal mesmo um Ministro da Fazenda vir a público dizer que vai blindar apenas os dados fiscais dos políticos e familiares, como se não fosse obrigação da Receita Federal preservar o sigilo dos dados de todos os cidadãos brasileiros. No mundo de Bob deles o único vilão é o capitalismo, um capitalismo folclórico e irreal muito comum em panfletos do século dezenove. Até o ditador moribundo Fidel Castro já dá sinais de que o capitalismo é melhor para Cuba. Claro que da parte dele a gente sabe que é um lance cínico e oportunista. Esse pessoal não titubeia em afirmar que o capitalismo, o bicho papão do mundo de Bob deles, não deu certo. O socialismo é que deve ter dado certo na URSS, no Leste Europeu e demais locais. A gente sabe como deu certo. O mundo de Bob deles usa todos os instrumentos e meios e aparatos do capitalismo para se sustentar, mas o mundo de Bob é o mundo de Bob. O excesso de alfafa neste planetinha particular deles deve afetar os sentidos e a inteligência.
 Vamos mentalizar aqui e tentar enviar uma mensagem para o mundo de Bob: alô, alô seres voadores do mundo de Bob, socialistas e revolucionários, vocês não sabem ou não querem saber, mas o capitalismo deu certo e continua dando no que ele se propôs, desde o início, que é explorar o mundo, produzir riquezas, fazer circular riquezas, gastar o mínimo e ganhar o máximo, acumular, acumular, acumular... lucrar sempre. É o sistema mais bem sucedido da história, o mais vigoroso que a humanidade já produziu. Em função do lucro a Ciência avançou, a tecnologia, a medicina, as comunicações, enfim, tudo, tudo. Que o sistema é desigual e concentrador é um fato. Que entra em conflito com a nossa visão humanista de solidariedade e de justiça, não podemos contestar. Mas daí a deitarmos falação baseada no que foi escrito para convencer operários ignorantes do século dezenove aí já não é coisa deste mundo mesmo. É falta de sintonia mesmo, descompasso. Ou vigarice deslavada. Há braços!

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