
O fato é que o MST não está interessado em reforma agrária, em melhorar situação no campo ou algo que o valha. A ele interessa a revolução campesina e, pelo nível dos dirigentes, não é difícil entender que querem uma revolução à moda da Revolução dos Bichos, de George Orwell. Até porque seu Stedile não é, não foi e nunca será um camponês sem terra. É um vigarista, um tocador do rebanho de miseráveis, despojados de tudo, que o seguem na ilusão de conseguir seu lugar ao sol. Stedile é apenas um burguesão, um aspirante a porco Napoleão, um chefão do petismo no mundo rural. O Brasil é a sua Granja do Solar.
Mas foi-se o tempo em que o MST vivia apenas da ostentação da massa andrajosa do campo, tão bem propagandeada por Sebastião Salgado, outro burguesão, rei do petismo fotográfico. Nos tempos do lullismo, eles recebem verba e armam acampamentos fantasma ao longo das rodovias pelo Brasil a dentro apenas com a finalidade de fazer pressão e conseguir mais verbas ainda. Nas rodovias que cortam a Bahia, por exemplo, há dezenas desses acampamentos vazios que se povoam com militantes das cidades mais próximas em momentos estratégicos e no resto dos dias e meses recebem um ou outro membro em revezamento para vigiar as barracas. Nesses dias de visita alternada não é raro se ver uma caminhonete nova aqui ou um carro zero km acolá encostado entre as barracas. É a Revolução dos Bichos a pleno vapor. A essa altura, Napoleão e Bola-de-Neve já devem estar palpitando de desejo, sonhando em passear sobre dois pés pelos confortáveis corredores da casa grande. Há braços!
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