27 julho 2010

O MST E O BLEFE DA REFORMA AGRÁRIA: O BRASIL É A GRANJA DO SOLAR



Houve uma época que eu pensava ser o MST uma organização preocupada com a situação de miséria no campo, empenhada em lutar para que o homem do campo pudesse ter sua gleba com o fim de produzir e garantir uma vida digna. Engano meu... engano de muitos... Há pelo menos vinte e cinco anos esse movimento, escorado na clandestinidade jurídica, promove invasões, ocupações e arruaças no campo e nos centros urbanos... Há muito tempo ele recebe dinheiro público e terras e fazendas e insumos e assistência pública facilitada, mas não se vê retorno algum. O que se vê é a agressividade das ações crescer cada vez mais.
O fato é que o MST não está interessado em reforma agrária, em melhorar situação no campo ou algo que o valha. A ele interessa a revolução campesina e, pelo nível dos dirigentes, não é difícil entender que querem uma revolução à moda da Revolução dos Bichos, de George Orwell. Até porque seu Stedile não é, não foi e nunca será um camponês sem terra. É um vigarista, um tocador do rebanho de miseráveis, despojados de tudo, que o seguem na ilusão de  conseguir seu lugar ao sol. Stedile é apenas um burguesão, um aspirante a porco Napoleão, um chefão do petismo no mundo rural. O Brasil é a sua Granja do Solar.
Mas foi-se o tempo em que o MST vivia apenas da ostentação da massa andrajosa do campo, tão bem propagandeada por Sebastião Salgado, outro burguesão, rei do petismo fotográfico. Nos tempos do lullismo, eles recebem verba e armam acampamentos fantasma ao longo das rodovias pelo Brasil a dentro apenas com a finalidade de fazer pressão e conseguir mais verbas ainda. Nas rodovias que cortam a Bahia, por exemplo, há dezenas desses acampamentos vazios que se povoam com militantes das cidades mais próximas em momentos estratégicos e no resto dos dias e meses recebem um ou outro membro em revezamento para vigiar as barracas. Nesses dias de visita alternada não é raro se ver uma caminhonete nova aqui ou um carro zero km acolá encostado entre as barracas. É a Revolução dos Bichos a pleno vapor. A essa altura, Napoleão e Bola-de-Neve já devem estar palpitando de desejo, sonhando em passear sobre dois pés pelos confortáveis corredores da casa grande. Há braços!

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