esta noite
pétalas de rosa
reclamam lá fora
do peso do orvalho
em suas vidas fugazes
e do seu sofrimento
exala o melhor perfume
a noite escura é doce e convidativa
o úmido e o túmido se encontram
e as rosas com sua vaidade
enfiada na escuridão da noite
pensam que nada têm a mostrar
e enquanto reclamam
impregnam o ar com o suave aroma
que chega em leves rajadas
mas as rosas passam
por isso têm pressa
esta noite e nunca outra
esta noite, estas pernas, esta boca.
elas presentes como um nada que intoxica,
como um vento a acudir os pulmões
como se fosse a última vez
Collige virgo, rosas, dum flos novas et nova pubes
et memor esto aevum sic properare tuum.
HÁ BRAÇOS!
Um comentário:
Que reflexão bacana, boa tirada! muito lindo, a virgem, o novo e o ser consciente.
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