A mentalidade da maioria dos cineastas brasileiros ainda está impregnada daquela ideia muito comum nos anos sessenta de que a pobreza e a desgraça social devem ser louvada ou apresentada como a cara do País. Foi naquele período que vicejaram produções deprimentes que reduziam o Brasil à conversa fiada de reunião de esquerda em botequim com lemas como "Seja marginal, seja um heroi", amparados numa didática chamada a estética da fome. De lá pra cá, pouco mudou, tivemos "Lúcio Flávio, o passageiro da agonia", "O bandido da luz vermelha", "o homem que virou suco", "Pixote", "Carandiru", "Cidade de Deus", "Meu nome não é Johnny" só para citar alguns exemplos de filmes pagos com dinheiro público, cujo foco é a bandidagem, a marginalidade e a pobreza. Agora vemos despontar mais uma belezinha do cinema nacional na lista de indicação para concorrer ao Oscar: "Salve Geral", filme de Sérgio Rezende, que conta sobre os ataques de 2006 que o PCC organizou em São Paulo, deixando um saldo de 200 mortos. É duro ver o cinema tomado por essa coisa triste. Até parece que a nossa história, o nosso dia a dia se resume a isso. Ficamos aqui imaginando o quanto isso contribui para jogar abaixo ainda mais a autoestima brasileira, para alimentar também a já negativa imagem do País lá fora. O dinheiro público, nesse caso, é usado contra o Brasil. A gente sabe que há exceções como "Lavoura Arcáica", Memórias Póstumas de Brás Cubas", "O quatrilho", entre outros, insignificantes perto do lixo negativo que jorra anualmente dos estúdios brasileiros.Ah, sim, não é só a desgraça a matéria do cinema brasileiro não, há também os filmes da ditadura, cada tranqueira de arrepiar e coisas inúteis, horrorosas e retrógradas como o filme "Cazuza" . Ninguém aguenta mais o esgoto que predomina na cultura cinematográfica brasileira. HÁ BRAÇOS!
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