19 março 2010

MAIS SOBRE AS HIENAS DO DF

O problema de Agnelo Queiroz, candidato do PT -DF ao governo, denunciado esta semana em reportagem da revista Época, pela compra de uma mansão com preço além dos rendimentos e pela grilagem de um terreno público ao lado do tal casarão é mais cheio de  elementos do caráter petista do que se imaginava. Conforme o que tem circulado nos bastidores,  bem antes do escândalo de Arruda, portanto, antes de o PT ter chances de chegar ao Palácio do Buriti, Agnelo, oriundo do PC do B, ex-ministro de Lulla, foi para o partido do presidente como nome forte para disputar as eleições. Como Geraldo Magela era o candidato petista ao governo de Brasília, já surrado de outras eleições, Agnelo (segundo conversas de cúpula) preferiu concorrer ao Senado, deixando o caminho livre para o Deputado Magela seguir rumo ao governo da Capital. Como o PT não tinha chances contra Arruda, Magela optou (espertamente) por sair candidato a Senador e deixou o campo aberto para Queiroz disputar o Buriti. 
Estava tudo bem até o mensalão do Arruda deixar o terreno livre para o PT eleger o próximo governador. Aí, o deputado petista se sentiu no direito de reivindicar internamente a condição de candidato do partido a governador, rompendo o trato anteriormente acertado com o ex-ministro Agnelo. Daí o atual racha no PT-DF, alimentado pelo oportunismo de Geraldo Magela, pelo rompimento do trato que ele havia feito com Agnelo. Claro que Agnelo Queiroz não iria voltar atras. Então explodiu essa reportagem sobre a mansão e a  grilagem que o joga no terreno fétido em que a política se transformou no Distrito Federal. Há acusações internas que apontam Magela como a pessoa por trás das denúncias. Foi-se o tempo em que os petistas faziam denúncias por questões éticas e de respeito ao patrimônio público. Há braços!

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