
Na verdade, Avatar combina algumas ideias já apresentadas no filme Matrix: os robôs soldados gigantes, guiados por militares (interface homem/máquina), a conexão online a outro mundo e a visão catastrofista da humanidade. Em Avatar, a conexão é um pouco mais ampla. Não apenas os humanos se conectam a um corpo de Na'vi chamado avatar, feito em laboratório com a finalidade de interagir com os nativos, mas todos os animais do planeta têm naturalmente um cabo de conexão que lhes permite unir-se com os demais seres vivos. Por trás das imagens e criaturas fantásticas, o filme discute algumas questões: os seres em conexão com seu mundo muito lembram a ideia original do termo religião, do Latim religare, ou seja, unir-se novamente ao universo, ao todo, conectar-se novamente. E é mesmo muito cerimoniosa a relação do povo Na'vi com seu mundo. Além desse lado místico, casado com aquele ecologismo primitivo a la Greenpeace, o filme retrata a iniciativa privada e o exército americano como os vilões da história. É o velho antiamericanismo que os liberais de hollywood insistem em embutir aqui e acolá em certas produções cinematográficas. Do interior do mundo dos vilões sairá o mocinho Jake Sully, que se envolverá com Neytiri uma espécie de princesa guerreira Na'vi. Depois do real ataque às Torres Gêmeas, em certo 11 de setembro, agora, para hollywood, o inimigo da américa sai preferencialmente de suas próprias hostes, Obama que o diga. O enredo é fraco, previsível, mas no geral a obra é encantadora. Vale como um sonho curto, porém excitante. Há braços!
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