06 agosto 2010

SOBRE A MORTE DE YVES HUBLET

Yves Hublet e sua bengala rumo à cabeça do fristão.
Yves Hublet, escritor paranaense, ganhou espaço na mídia na época do escândalo do mensalão. O que ele fez? Fez o que todo mundo queria fazer naquele momento: dar umas boas porradas em Zé Dirceu. Hublet, com aquela incontestável aparência de Ernest Hemingway, do alto de seus quase setenta anos, desferiu umas bengaladas na cabeça do chefe dos mensaleiros para alegria geral da nação. Depois do gesto patriótico, passou a ser importunado, tendo que se retirar do Brasil para a Bélgica aproveitando a sua dupla cidadania.
Tive a oportunidade de encontrar algumas vezes Yves Hublet nas reuniões do Sindicato dos Escritores do DF; também organizei um livro com o professor Sérgio Waldeck do qual ele participou como cronista. Trata-se do livro Eletrocrônicas, públicado em 2006. 
A morte de Yves Hublet não está bem explicada. Algumas versões circulam em meio aos escritores. A mais sombria  conta que Yves voltou ao Brasil para buscar algum documento e cuidar do lançamento de um livro e foi preso na chegada, tendo morrido sob custódia da polícia um tempo depois. Esperamos que as reais circunstâncias  se esclareçam. De resto, fica a nossa homenagem ao intrépido Yves Hublet.
RETIFICANDO
Um escritor, amigo de Yves Hublet, que o acolheu em casa nos últimos dias de vida do homem da bengala, garantiu que Hublet não ficou preso ao chegar em terras brasileiras, embora tenha havido o episódio policial em sua chegada. Na verdade, o escritor paranaense estava muito abatido, acometido por grave doença e ficou hospedado na casa desse amigo por alguns dias vindo a falecer depois de breve internamento. Antes de falecer Hublet presenteou este amigo com a famosa bengala com a qual descarregou a indignação brasileira na cabeça de Zé Dirceu. Há braços!

Um comentário:

GTV BOCA DO INFERNO disse...

Obrigado! Sua opinião é muito importante. Participe sempre! Há braços!