17 janeiro 2010

DIREITOS HUMANOS E BOLIVARISMO PETISTA

O governo Lulla lançou agora no apagar das luzes de 2009 a terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). Durante o governo FHC houve duas versões. Na verdade, o PNDH foi elaborado como um plano de ação com várias metas e diretrizes cuja finalidade seria reorientar as práticas institucionais e sociais no Brasil, ainda impregnadas da mentalidade e das estruturas vigentes no regime militar. O governo FHC trabalhava para remontar o Estado brasileiro e isso implicava estabelecer novo comportamento para o Estado e novas perspectivas para a sociedade. O PNDH trazia então orientações com respeito à justiça, minorias, educação, cultura, comunicação e sociedade em geral.
O lullismo viu no PNDH a oportunidade de institucionalizar estratégias  da ideologia bolivariana no país. O Brasil não é a Venezuela, mas Lulla bem que gostaria de ser Chaves, então a gente pode ler lá no novo PNDH a tentativa silenciosa de estabelecer a censura  e controlar a imprensa e a tentativa de neutralizar a justiça diante das ações de movimentos como o MST e similares. A gente sabe que o bolivarismo de Chaves preza ditaduras e despreza democracias. A gente sabe que a liberdade de expressão e a justiça são pilares da democracia, portanto, as primeiras coisas a serem destruídas por agentes do totalitarismo. Foram exatamente esses pontos que governos de inspiração bolivariana atacaram na América Latina. Países comoVenezuela, Bolívia, Argentina, Equador e Nicarágua, por exemplo, estrangularam ou trabalham para estrangular a liberdade de expressão e a justiça. Como se pode ver, a série de boas intenções do PNDH agora carrega brechas que podem se tornar rombos na democracia brasileira. Ficar calado diante disso é caminhar para a margem contrária dos direitos humanos. Há braços!

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