28 janeiro 2009

POR UM MUNDO MENOS GANANCIOSO

A crise mundial pela qual estamos passando pode trazer efeitos mais que inesperados. Após anos de certezas e progressos moldados num estilo de vida e de sociedade baseados no consumo e na acumulação indiscriminada de riquezas, surgem questionamentos por todos os lados: até quando o mundo vai suportar esse modelo econômico volátil, baseado na especulação financeira e em fórmulas artificiais inventadas por banqueiros ávidos por montantes fabulosos?

A ansiedade perdulária e o oportunismo que fizeram crescer a bolha imobiliária americana, responsável pela crise em que as economias do mundo estão mergulhadas, derreteram-se diante da falência de dezenas de grandes empresas e bancos pelo mundo afora. O certo é que o modelo de exagero em que vivíamos dificilmente retomará espaço. Isso significa que inevitavelmente estamos abrindo uma nova era que, a depender da pressão do povo em escala planetária, possivelmente poderá ser mais justa e igualitária.

Em se concretizando essa tendência, a principal alternativa será o caminhar da maioria e não o de um só, buscando o benefício comum. Nesse ínterim, naturalmente vamos estreitar as relações socioeconômicas e rever algumas ordens estabelecidas por aqueles que não se adéquam ao espírito coletivo e que sempre buscaram explorar.

O importante no momento é a possível quebra do ideal de aceitar a dificuldade e a submissão. Buscar os direitos estabelecidos, cobrar daqueles que fazem algo errado e fazer melhores escolhas perante as situações por vir,como por exemplo uma eleição, podem representar uma mudança muito importante nesse quadro .

Para seguir na história não basta o pensamento de mudança estar semeado em cada um. É preciso existir também a vontade de ser a mudança e de tomar atitudes condizentes com o objetivo de um mundo melhor e mais justo.




(Pedro Moreno, para o boca do inferno)

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