19 novembro 2008

MINHA TERRA

MINHA TERRA
Minha terra, quando chove
Muita coisa acontece
Tem tanajura voando
Sapo cantando em prece
Mariposa e cheiro bom
Barulho da água que desce
No espinho do quiabento
A flor roxa aparece
O sofrê na aroeira
Cantando, a figueira estremece
Vivim, burrim, patativa
Brotam do capim que cresce
Sertanejo assoviando
O feijão no canivete
Milho botando boneca
Pinha inchada amolece
Meu coração bate forte
Alegre, a vida agradece.
(Cosme Bafão, num dia otimista)

Um comentário:

Anônimo disse...

Lembre dos burrim que surgiam do nada, de dento dos capim, quando ia pra roça, descendo a décima segunda ladeira, sentir até o sol batendo na moleira. Isso sim é poesia...Baltazar